segunda-feira, 31 de maio de 2010

FIM DE FESTA

Imperceptível no meio da multidão
ando descartável feito coisa.

No fluxo dos comuns sou mais um
nesse momento as cicatrizes
do misantropo que sou me doí
na memória das palavras.

São caminhos sufocantes de andar
contém o banal a mesma estrada...

cravado farpado na dor
esses dias tão repetidos
me agarram pelos cabelos
encharcando-me na mesmice

a mim, resta-me as doses
maciças que ainda tenho
de bocetas na praça do bom fim.

7 comentários:

Michele Pupo disse...

"No fluxo dos comuns sou mais um
nesse momento as cicatrizes
do misantropo que sou me doí
na memória das palavras."

Como pode uma estrofe ser tão perfeita?

Senti inveja de seus versos.

Ana Marques disse...

O poema é todo perfeito.

Gostei muito, muito, viu?

Beijo

Jeferson Cardoso disse...

" No fluxo dos comuns sou mais um", somos mais um, os diferenciáveis são poucos.
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

Dágina Cristina disse...

Adorei o trecho do misantropo...
É a palavra chave desse lindo poema.

Dágina Cristina disse...

Adorei o trecho do misantropo...
É a palavra chave desse lindo poema.

Dágina Cristina disse...

Adorei o trecho do misantropo...
É a palavra chave desse lindo poema.

Dágina Cristina disse...

Adorei o trecho do misantropo...
É a palavra chave desse lindo poema.