Descrente, oro
Não imploro
Nem me ajoelho
Em genuflexório inútil.
Oro com mãos postas nos bolsos
Braços cruzados
Olhares perdidos
Verbos desperdiçados,
Mas oro a meu jeito.
Não a um tirano que me criou
Para adorá-lo
Mas ao mundano rés do chão
Sem aura ou halo
Por que no pó é que reside a divindade
Na minha vontade e na fúria dos ignóbeis.
Minha esmola não é feita de moedas
Em mãos sujas
Creio em quem expulsa
Os vendilhões do templo
E sei onde é o templo.
Oro e me adentro humano
Não sob pano, mas despido
Minha oração não implica em pedido
É apenas o meu mero aprendizado.
E de tanto orar
Já não acredito em pecado.
domingo, 4 de outubro de 2009
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6 comentários:
também não acredito em pecado, só em boa poesia!
Santo herege esse Ruy! rssssss...
Não há pecado na boa poesia!
Bonzão... coisas de mestre Ruy!
Fantástico, esse poetar com palavras sempre olocadas no lugar certo, na proporção exata é de Mestre Ruy mesmo.
bjo parceiro!
maravilha! eu tbm não acredito em pecado! bjbj
Perfeito!
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