Na hora em que escrevo
Pássaros não se manifestam
Apenas dormem
Como dormem meus sonhos
Enquanto estou em vigília
A vigiar sonhos outros
Dos que nada pude lograr
E ainda tem lugar
Esses devaneios tolos.
Na hora em que acordo
De sonhos meramente oníricos
Pássaros ainda não cantam
Meu sono é curto,
Meus sonhos terríveis
Na hora em que ouço pássaros
Não sonho, apenas vivo
De um sono real e bisonho
E na falta de outro
Dele me sirvo.
Confuso
-
Confuso, enxergo meus medos
Não raros, sob a órbita desse orbe.
Difuso, entre os vitrais e os azuis
Um facho de luz espectral lilás
Dissipa o assombro...
Ar...
Há 7 anos
Um comentário:
Esse poema dialoga com minhas insônias, muito bem escrito Ruy.
Deleite!
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