domingo, 4 de outubro de 2009

Insonia e passaredo

Na hora em que escrevo
Pássaros não se manifestam
Apenas dormem
Como dormem meus sonhos
Enquanto estou em vigília

A vigiar sonhos outros
Dos que nada pude lograr
E ainda tem lugar
Esses devaneios tolos.

Na hora em que acordo
De sonhos meramente oníricos
Pássaros ainda não cantam
Meu sono é curto,
Meus sonhos terríveis

Na hora em que ouço pássaros
Não sonho, apenas vivo
De um sono real e bisonho
E na falta de outro
Dele me sirvo.

Um comentário:

Maria Júlia Pontes disse...

Esse poema dialoga com minhas insônias, muito bem escrito Ruy.
Deleite!