sábado, 26 de setembro de 2009

Urbano

À quadra onde ando
Falta um quando.
Calçadas, sempre mal tratadas
Me lembram de onde estou
E vou, por entre tropeços esperados
E chãos acidentais, não planejados.

As quadras onde ando são assim
São feiras livres, sem fim
São lixos e restos
Humanos e outros
São porcas, são vis, são dejetos.

Ao quarteirão desta terra
Onde a gente anda e erra
Falta um quê de civilidade
Falta às ruas uma unidade
Uma urbanidade,
Falta a cidade.

À quadra onde ando
E que não tem fim
Falta um pouco do louco
Que ainda, um pouco,
Vive em mim.

4 comentários:

Larissa Marques - LM@rq disse...

Espero que essa vontade de postar por aqui continue!
Merecemos encher nossosolhos de boa poesia!

Magmah disse...

muito bom te ver postando aqui tbm, paizão! esse aqui tá redondinho e gostoso de ler.

Maria Júlia Pontes disse...

Fantástico, arquiteto de sentimentos e palavras, esse é meu parceiro!

Sempre querendo saber disse...

Amei o teu texto!
Precisa deizer mais?