À quadra onde ando
Falta um quando.
Calçadas, sempre mal tratadas
Me lembram de onde estou
E vou, por entre tropeços esperados
E chãos acidentais, não planejados.
As quadras onde ando são assim
São feiras livres, sem fim
São lixos e restos
Humanos e outros
São porcas, são vis, são dejetos.
Ao quarteirão desta terra
Onde a gente anda e erra
Falta um quê de civilidade
Falta às ruas uma unidade
Uma urbanidade,
Falta a cidade.
À quadra onde ando
E que não tem fim
Falta um pouco do louco
Que ainda, um pouco,
Vive em mim.
Confuso
-
Confuso, enxergo meus medos
Não raros, sob a órbita desse orbe.
Difuso, entre os vitrais e os azuis
Um facho de luz espectral lilás
Dissipa o assombro...
Ar...
Há 7 anos
4 comentários:
Espero que essa vontade de postar por aqui continue!
Merecemos encher nossosolhos de boa poesia!
muito bom te ver postando aqui tbm, paizão! esse aqui tá redondinho e gostoso de ler.
Fantástico, arquiteto de sentimentos e palavras, esse é meu parceiro!
Amei o teu texto!
Precisa deizer mais?
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