Dia desses percebi que estava vivo
assistindo minhas víceras brincarem
sonoramente dentro de mim
enquanto meu esqueleto dançava
esparramando-se no chão
O coração foi do peito à sola do pé
e na volta pela boca quis fugir
num grito, num choro,
(o que seja!)
numa gargalhada debochada
às vésperas do orgasmo
enquanto meu esqueleto dançava
esparramando-se no chão
Senti o cabelo que crescia,
Da pele, os pêlos, as unhas
Buscando espaço, pedaços de mim
por toda parte se retorciam
enquanto meu esqueleto dançava
esparramando-se no chão
Foi então que a respiração inflou o peito
o sangue ensopou a carne
uma gota de suor na testa resfriou a febre
e percebi que estava vivo
enquanto meu esqueleto dançava
esparramando-se no chão
5 comentários:
Samuca,
admiro seu trabalho, sabe disso, mas torno isso público!
o espaço está aberto se quiser falar de teatro, de cênicas, estamos misturados e tudo junto!
bjk!
Maravilha!
Vamos por pra funcionar.
BEIJO
muito bom, Samuel, amei isso... li e reli, e reli.
É,engraçado né?
As vezes parece que não estamos,as vezes queremos não estar e outras somos muitos felizes por isso.
Obrigado pelos comentários Magmah e Luciana.
Beijos
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