Aqui neste papel eu deixo o agora
E o tempo é meu presente e algum futuro
Transmito o pensamento e me asseguro
Que o pensamento siga tempo a fora
Aqui, papel, chiqueiro em que chafurdo
É onde estou mais vivo e mais inteiro
E o verso é minha música e letreiro
Embora eu siga insano e cego e surdo
Minha esperança plena e o mau agouro
O surto, o senso, o esgoto e meu tesouro
Meu sonho, meu desastre e meu conflito
Tomando forma, fazem-se sujeitos
E eu viro o objeto, e menos que um conceito
Aqui neste papel eu fico escrito.
domingo, 25 de março de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário