27/12/03
Estive calado , pois temia denunciar minha intenção de versejar alto como os Andes – enquanto que minha voz rastejaria meu canto como uma serpente.
Trancado em mim mesmo , deixei meu verso crescer interiormente e assim pude evitar de interiorizá-lo com o padrão exterior .
Neguei à minha boca os beijos – e, com o não-uso da palavra , saboreei o silêncio inconformado de todas as bocas ...
espero que ela (vossa voz ) passe em meu verso de forma tão clara que , num resvalar de olhos , todos percebam a minha intenção – e as criancinhas que mal sabem ler , levem à mão a boca , segurando um sorriso , sem espanto ou dúvida ... e o firmamento por sobre as suas cabeças se alarguem até que seus pensamentos e o horizonte se unam em um único e grande campo ...
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2 comentários:
Nossa! Uau! Que lindo... Mesmo menino ♥
Versejar teu, deslizes da voz sobre os versos musgados e belos, floridos por teu calor e desejo!
♥
belo poema!
esperança é que mata, querido!
e viver é uma guerra!
beijo!
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