sexta-feira, 25 de março de 2011

Estrangeiro


navego
por entre areia e fumaça
a deslizar as lágrimas
e o fogo
dos não olhares.

as águas nas fatigadas asas
buscam teu porto;

comigo
o peso de mágoas,
alguns cacos,
poucos sonhos
e a mudez das pedras pensantes.

palavras
apenas
pegadas
(rastro
de pó
em oceano).

a ti,
que me esperas
e me desconheces,
ofertar-te-ei
o meu mais belo silêncio
e este vazio onde descanso
para partilharmos
sós.

(Celso Mendes)

4 comentários:

Michele Pupo disse...

Celso

Este poema coube no meu coração.
É sempre bela a alma do poeta.
Gostei.

Um abraço

Larissa Marques - LM@rq disse...

como não gostar...
beijo, querido!

Sonia Parmigiano disse...

Celso,

Maravilhoso verso!!!!

Tomei a liberdade de compartilhá-lo em meu Blog...espero que goste...

Parabéns!!!

Grande beijo e Boa Semana!

Reggina Moon

VERSO & PROSA POEMAS
www.versoeprosapoemas.blogspot.com

Sândrio cândido. disse...

Navegar preciso.
beijos