quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Onde ficarão essas vozes além do pedágio? Do semi-confronto com o cardume de batimentos cardíacos? Onde ficarão essas vozes além do porém? Do sinal? Do estapafúrdio? Do dilúvio? Das escamas da Odisséia e do jornalismo Gonzo? Onde ficará o alfinete? O cabide? A sede? Onde ficará o restante do casaco amordaçado das prostitutas e dos pistoleiros? Onde ficará a saliva? A diva? Onde ficará o horizonte? Onde ficará a barra do trilho? A pessoa que nunca dorme? O anel? O incêndio disforme de abduções multilíquidas? Onde ficarão a criança e a infância? Onde ficará o mordomo? Onde ficarão as hostilidades mansas? Onde ficou o trono? Onde ficará a coragem? Onde ficarão os distúrbios? Onde ficaram os monges? Onde ficarão os verdugos? Onde ficará a beleza? Onde ficará o confronto? Onde ficará a reza? Onde ficará o pranto? Onde ficará a incerteza? Onde ficarão os velocípedes lunares? Onde ficarão os desejos? Onde ficarão os vestígios e as provas rasgadas? Onde ficará a perdição? Onde ficará o gesto? Onde ficará o resto? Onde ficarão as freiras? Onde ficará o pó? Onde ficarão as flores? Onde a gente ficará? Onde ficará a tempestade? A vertigem? A paisagem extraditada? A carta surrupiada? O bilhete de núpcias? Onde ficarão os dotes? Onde ficará a sorte? Onde algo permanecerá?

Um comentário:

L. disse...

No silêncio que grita!
- Ahhhhhhhh.
Onde?