Eu tenho que buscar meu horizonte
Ainda que esse norte me aniquile
E fale o que eu não disse, me desminta
E sinta o que eu sinto, e mais um pouco.
E tenho que buscar meu bardo e louco
Em versos ou em atos, inda mais nesses
Que preces sempre inúteis logram pouco
Para o ouvido mouco, e te parece
Querer ouvir meus gritos, sempre longe,
A ira de um monge infernizado.
Quem sabe em insanidade e arroubos
Por fim te lograria a meu lado.
Eu tenho que buscar esse meu centro impossível
O lúcido e improvável descaminho
Que me ponha de volta à rota do ninho
Que me saiba enfim, pronto ao falível,
Mas pronto a dar a cara p’ra porrada.
E me oferte, enfim, ou tudo ou nada.
domingo, 8 de novembro de 2009
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2 comentários:
Impecável! Roteiro para uma boa leitura.
concordo com Celso!
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