Recados emprestados
Seja quem os tenha dado
São fato inusitado, são mensagens sem parelha
E é nesta centelha, neste mote interrompido
Que finjo ter sentido a dor que deveras sinto.
Não brinco com meu sonho, esse é me é indecifrado
Meu lado mais maníaco, minha face mais tosca
Mira e acerta a mosca, o alvo só imaginado
Mostra o alvo certo, bem mais perto, bem mais turvo
E nesse tiro curvo, revelado pelos ventos
A flecha vai mais longe, bem além dos parcos tentos
De acerto ou de erro, nada disso faz sentido
Apenas o cumprido é medida razoável.
E o meu ser instável fica atônito esperando
O que o qual e o quando, fica meio indecifrável
Que espera a frase fácil, o minuto compreensível
Mas se isso não é possível
Me conformo com o fato.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
O ritmo já me contou o autor quando comecei a ler.
Muito bom parceiro!
ai ai, quanto mais leio, mais gosto...
barulho bom!
uau, esse aqui arrasou!!!
Postar um comentário