domingo, 16 de setembro de 2012

Como chama a cidade



No centro e periferia respiram
baratas, humanos e ratos
os cheiros de cama e mesa

Nos parques, nos condomínios
humanos, baratas, ratos
vigiam os seus parceiros

o reflexo, o tempo, o trânsito

Há postos de gasolina, alvos móveis
barganhas de vários tamanhos
farmácia, desastre, elite
as lendas com seus retratos
os jingles que viram hit
chantagens, zumbidos, deuses
acompanhantes humanos

Há fomes e línguas falam
dos preços, de seus princípios
Concreto contando história
desaba de seus limites

A vida na cidade permanece, parasita
as vindas, vendas e avenidas principais
Os donos e abandonos da cidade.

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