sexta-feira, 8 de abril de 2011

A cidade

A cidade cede luzes, cede asfalto
a seus ratos e baratas, sua elite
Requebrando um pé descalço um salto alto
altos brados, vai cantando o novo hit

A cidade pede grana, teme assalto
violenta, e que ninguém desacredite
Litorânea, lá da serra, do planalto
pisa fundo, passa muito do limite

Bebe todas, passa a noite toda insone
e amanhece criticando a vizinhança
A cidade, perna fina e silicone,

quer memória, quer notícia e confiança
Muito embora deixe nome e telefone
a cidade não te espera nem te alcança.

2 comentários:

Michele Pupo disse...

Solidão urbana, eu diria.
A cidade cheia de luzes, mas profundamente macabra.

Um abraço!

Nilson Vieira Moreno disse...

AGradeço pela presença, Michele, valeus.

Grandabraço!