A cidade cede luzes, cede asfalto
a seus ratos e baratas, sua elite
Requebrando um pé descalço um salto alto
altos brados, vai cantando o novo hit
A cidade pede grana, teme assalto
violenta, e que ninguém desacredite
Litorânea, lá da serra, do planalto
pisa fundo, passa muito do limite
Bebe todas, passa a noite toda insone
e amanhece criticando a vizinhança
A cidade, perna fina e silicone,
quer memória, quer notícia e confiança
Muito embora deixe nome e telefone
a cidade não te espera nem te alcança.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Solidão urbana, eu diria.
A cidade cheia de luzes, mas profundamente macabra.
Um abraço!
AGradeço pela presença, Michele, valeus.
Grandabraço!
Postar um comentário