domingo, 15 de maio de 2011

Tempo

O tempo, que atravessa e queima pontes
é o mesmo que, saudoso, se arrepende
do novo, vendo a glória no horizonte
do velho, desprezado no presente

O tempo, que não sara nem responde
é o mesmo que alivia e se resolve
no novo, quando sonha e voa longe
no velho, quando saca seu revólver

O tempo, que nos bate de porrete
é o mesmo em que o pecado se comete
no novo, quando estende seu tapete

no velho, quando o efêmero derrete
no novo, pois o tempo é sabonete
no velho, porque tempo é um chiclete

4 comentários:

Sândrio cândido. disse...

[ o tempo sempre permanece]
abraços

Unknown disse...

Pois o Tempo sempre permanece, mas é um velho e astuto ladrão. Dá-nos com uma mão e tira-nos com a outra :)
Parabéns pelo sei blogue .

Nilson Vieira Moreno disse...

Sandrio,

Arroba,


um prazer receber suas visitas, valeus, caros.

Abraços.

Concha Rousia disse...

Um poema lírico e filosófico, o tempo... sim esse tirano que tanto atormenta aos poetas, gostei, parabéns, Concha