O tempo, que atravessa e queima pontes
é o mesmo que, saudoso, se arrepende
do novo, vendo a glória no horizonte
do velho, desprezado no presente
O tempo, que não sara nem responde
é o mesmo que alivia e se resolve
no novo, quando sonha e voa longe
no velho, quando saca seu revólver
O tempo, que nos bate de porrete
é o mesmo em que o pecado se comete
no novo, quando estende seu tapete
no velho, quando o efêmero derrete
no novo, pois o tempo é sabonete
no velho, porque tempo é um chiclete
Confuso
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Confuso, enxergo meus medos
Não raros, sob a órbita desse orbe.
Difuso, entre os vitrais e os azuis
Um facho de luz espectral lilás
Dissipa o assombro...
Ar...
Há 7 anos
4 comentários:
[ o tempo sempre permanece]
abraços
Pois o Tempo sempre permanece, mas é um velho e astuto ladrão. Dá-nos com uma mão e tira-nos com a outra :)
Parabéns pelo sei blogue .
Sandrio,
Arroba,
um prazer receber suas visitas, valeus, caros.
Abraços.
Um poema lírico e filosófico, o tempo... sim esse tirano que tanto atormenta aos poetas, gostei, parabéns, Concha
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