A cidade cede luzes, cede asfalto
a seus ratos e baratas, sua elite
Requebrando um pé descalço um salto alto
altos brados, vai cantando o novo hit
A cidade pede grana, teme assalto
violenta, e que ninguém desacredite
Litorânea, lá da serra, do planalto
pisa fundo, passa muito do limite
Bebe todas, passa a noite toda insone
e amanhece criticando a vizinhança
A cidade, perna fina e silicone,
quer memória, quer notícia e confiança
Muito embora deixe nome e telefone
a cidade não te espera nem te alcança.
Confuso
-
Confuso, enxergo meus medos
Não raros, sob a órbita desse orbe.
Difuso, entre os vitrais e os azuis
Um facho de luz espectral lilás
Dissipa o assombro...
Ar...
Há 7 anos
2 comentários:
Solidão urbana, eu diria.
A cidade cheia de luzes, mas profundamente macabra.
Um abraço!
AGradeço pela presença, Michele, valeus.
Grandabraço!
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