pois eu nunca tive defeitos pequenos
há tempos não peno sonhando-me o eleito
exceto uns senões sou até bom sujeito
tirante o sem jeito até sou mais ou menos
o réu mais direito a mim mesmo condeno
confuso e sereno confesso e suspeito
beirando ao ingênuo meu caos é conceito
demais contrafeito do próprio veneno
sou juras e juros cobrados na fonte
desculpas aos montes e vozes tão duras
refém da censura que vê no horizonte
no meio da ponte meu salto procura
que a própria paúra por fim se amedronte
e um verso desponte de cada fratura
Confuso
-
Confuso, enxergo meus medos
Não raros, sob a órbita desse orbe.
Difuso, entre os vitrais e os azuis
Um facho de luz espectral lilás
Dissipa o assombro...
Ar...
Há 7 anos
4 comentários:
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso: nunca sabemos qual deles sustenta o nosso edifício inteiro". Clarice Lispector
Poema belo e bem escrito. Declamei em voz alta.
Um abraço
Adoro sua poesia! Me fascina!!!
^_^´
como é bom ler você!
beijo!
Para ser poeta basta ser sincero, escrever o que sente, amar o que realmente deseja, e esquecer a beleza superficial das palavras que formam a poesia, pois se verdadeiro é o seu sentimento, puro será seu coração...e lindas serão suas palavras!
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